Venda de Precatório: Saiba tudo sobre a venda do seu precatório

A venda de precatórios pode proporcionar diversas vantagens aos seus beneficiários, como maior agilidade no recebimento dos valores e redução da burocracia envolvida.

Esse tipo de transação é realizado via cessão de crédito de dívida pública, com o respaldo do Artigo 100 da Constituição Federal. Porém, para garantir os melhores resultados, é preciso conhecer bem o mercado e quais fatores influenciam no tamanho do deságio aplicado sobre o valor de pagamento.

Você já sabe como funciona a venda de precatórios? Neste artigo, vamos explicar tudo sobre o assunto, confira!

Como funciona a venda de precatórios

Como outras operações de transferência de crédito, a venda de precatórios precisa seguir determinadas etapas para assegurar a segurança na transação e a legalidade do processo. Como veremos a seguir, essa transação envolve uma série de passos, que são necessários para que toda a negociação corra bem para ambas as partes.

1. Análise do Processo: Nossos advogados analisam detalhadamente o processo judicial do seu precatório de forma rápida e segura;

2. Proposta: Enviamos a melhor proposta do mercado e esclarecemos todas as suas dúvidas com total transparência e segurança;

3. Formalização: Análise da documentação e agendamento da cessão no cartório mais próximo de você, te acompanharemos presencialmente;

4. Recebimento: Contrato assinado e o dinheiro na sua conta, você recebe à vista e sem burocracia;

Entenda o significado do termo deságio

Outro passo importante para encontrar um bom negócio na antecipação de seu precatório é conhecer o significado do termo deságio. De modo geral, esse conceito envolve a depreciação do valor nominal de um título ou do preço de uma mercadoria em relação ao seu valor de mercado, o que é uma prática muito comum nas transações comerciais.

De um lado, temos o dono do precatório, que deseja vendê-lo. Para isso, ele pode buscar o recebimento antecipado do valor, e desse modo evitar enfrentar a fila de pagamento do Governo, que costuma ser bastante longa e burocrática.

Do outro, temos uma empresa que trabalha com a compra de títulos de precatórios para compensação tributária de seus clientes. Isso só é possível com o deságio, ou seja, um desconto que a empresa aplica sobre o valor atualizado do precatório, considerando os acréscimos de juros e a correção monetária.

Ao optar por antecipar o precatório com a D.Andrade, o credor recebe o valor combinado à vista, com segurança e agilidade. Nesse caso, nós arcamos com todo o tempo de espera e os trâmites jurídicos envolvidos.

Apesar desse deságio que ocorre na antecipação do precatório, essa transação se mostra bastante vantajosa, pois permite que o vendedor receba o valor imediatamente sem ter que esperar, muitas vezes, por décadas o pagamento do precatório.

Fatores relevantes na venda de precatórios

Alguns fatores influenciam diretamente na hora de medir o tamanho do deságio:

* O tipo e a natureza do precatório;

* A posição ocupada na fila;

* A existência ou não de preferência do crédito;

* A situação política e econômica do País;

* A taxa de juros.

É preciso analisar os componentes políticos envolvidos, pois cada governo pode adotar uma postura diferente com relação à gestão dos pagamentos de precatórios.

Com a aprovação da PEC dos Precatórios, em 2021, o prazo de quitação dessa dívida pelo governo foi estendido ainda mais. Essa medida abre caminho para que Estados e Municípios também adiem o pagamento.

Como antecipar o recebimento de seus precatórios?

Se você tem alguma necessidade de receber os seus precatórios, pois precisa desses recursos para qualquer finalidade, uma opção é vender o seu crédito.

A D. Andrade conta com a melhor proposta do mercado e você ainda pode investir a quantia ou parte dela em aplicações com rendimentos mais elevados. Entre em contato com nossos especialistas em precatórios, cuidaremos de tudo de forma segura e rápida.

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Governo Federal terá de pagar R$ 1 tri em dívidas judiciais

Pela primeira vez na história brasileira, o governo terá que pagar um montante estimado em R$1 trilhão em dívidas judiciais nos próximos anos. A avaliação é feita diante da perspectiva de derrotas futuras em ações que podem elevar despesas ou frustrar receitas da União.

O volume das dívidas causa receio com relação à capacidade do governo honrar com os seus compromissos futuros. Cabe notar ainda que as dívidas alcançaram esse patamar mesmo com as mudanças nas regras de pagamento de precatórios com a Emenda Constitucional 114/2021.

Neste artigo, vamos explicar os fatores que levaram as dívidas do governo a alcançar esse valor e como o aumento da dívida do Governo Federal pode afetar o recebimento dos precatórios.

Como o Governo Federal arcará com todas essas dívidas?

Quando falamos na estimativa de quase R$1 trilhão em dívidas nos próximos anos, as pessoas podem se perguntar qual é a origem de tantos débitos. Para entender melhor essa equação, é preciso levar em consideração as ações do governo que abrangem tributos.

Os processos do governo são classificados em duas categorias: perda provável e possível. Eles envolvem tanto casos com potencial para resultar em pagamentos diretos pela União, como no caso dos precatórios, quanto em processos nos quais não haverá despesas diretas em caso de perda, e sim um impacto na arrecadação futura projetada. Isso acontece, por exemplo, quando o poder público não pode mais cobrar determinado imposto.

Um processo é classificado como perda provável quando abrange ações nas quais já houve alguma decisão colegiada desfavorável à União no Supremo Tribunal Federal (STF), no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Diante de todo esse trâmite, os procedimentos que questionam na justiça a cobrança de algum dos 92 tributos federais geralmente demoram bastante tempo. Isso porque esses temas são muito complexos, e podem afetar a vida de muitas pessoas. Mas, quando são finalmente decididos, os valores desses processos resultam em montantes elevados.

Portanto, a União terá de se desdobrar para pagar essas dívidas, que inclui aquelas com os precatórios. Não é à toa que, no ano passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o montante de precatórios a serem pagos em 2022 seria um “meteoro” sobre as contas públicas.

O aumento expressivo nos montantes de precatórios federais acabou gerando mudanças na forma de pagamento desses créditos, por meio da Emenda Constitucional 114/2021, a chamada PEC dos Precatórios. Entre as principais mudanças promovidas pela nova Lei, está o limite anual de pagamento pela União.

Segundo a PEC, a partir de 2022, as dívidas serão pagas apenas até um determinado limite – R$ 45 bilhões para pagamentos de precatórios. Desse modo, os demais créditos que não forem pagos naquele ano serão incluídos na fila do ano seguinte. O valor para pagamento de precatórios em 2023 ainda não foi definido e deverá ser apurado no meio desse ano, o que gera muitas expectativas entre os credores.

Qual é o papel dos precatórios nas dívidas do Governo?

Como o próprio nome indica, os precatórios são dívidas que têm como origem uma causa contra o Governo Federal, bem como as suas empresas ou autarquias. Quando o ente devedor perde uma causa, o processo pode gerar uma indenização, que dependendo do valor se torna um precatório.

Os precatórios se originam a partir de processos judiciais em que a União se defende por meio de sua advocacia. Esses débitos já foram reconhecidos definitivamente pela Justiça e não são passíveis de recurso. Portanto, quando alguém entra com uma ação contra um ente público e vence o processo sem possibilidade de recurso, ela garante o recebimento de um determinado valor.

Quando o valor da dívida é muito alto, em geral acima de R$ 30.119,20, o governo pode pagar com um precatório. Esse recurso funciona como um cheque pré-datado, já que o vencedor da ação precisa esperar a data certa para receber. Porém, para que seja feito o pagamento, os precatórios entram em uma lista de espera que funciona por meio de ordem cronológica e de prioridades, e podem levar muitos anos para que sejam pagos.

Em função da insegurança política e econômica, há muito receio em relação ao futuro das contas públicas no País. O atraso no pagamento das dívidas judiciais deve se estender pelos próximos anos. Diante disso, se você é credor de um precatório, vale muito a pena avaliar a possibilidade de vender o seu benefício. Essa pode ser uma boa alternativa para escapar do caos que se anuncia na gestão pública e na própria economia.

Como antecipar o recebimento de seus precatórios?

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Inflação em alta no Brasil: vale a pena vender o meu precatório?

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), uma prévia da inflação oficial, atingiu 1,73% em abril. Esse é o maior patamar para esse mês desde 1995, quando ficou em 1,95%, e para qualquer mês desde fevereiro de 2003, quando alcançou 2,19%. A elevação nos preços foi puxada pelos alimentos, que subiram 2,25%, e pelos combustíveis, que tiveram alta de 7,54%.

Nesse cenário, quem aguarda para receber um precatório percebe que quanto maior for a espera, menos o seu dinheiro valerá quando for liberado. Ainda que a correção monetária incida sobre o montante, ela não é suficiente para compensar a demora do pagamento, que pode chegar a décadas.

Neste artigo, vamos analisar se é vantajoso vender o precatório nesse momento de alta histórica na inflação, mesmo com a correção do precatório sendo mais baixa, em comparação com a inflação.

Vantagens de interromper a espera e vender os precatórios

O pagamento dos precatórios geralmente envolve um longo período de ações judiciais e muita burocracia, até que o Poder Público declare uma ação vencedora. Após esse reconhecimento da justiça, há a inscrição da dívida no orçamento do ente público em favor do autor da ação. Porém, finalizada essa etapa, inicia-se outra, a espera pelo pagamento, que pode levar vários anos. E quanto maior for a taxa de inflação, maiores são as perdas contabilizadas pelos credores.

Para que o pagamento seja feito, os precatórios entram em uma lista de espera que funciona por meio de ordem cronológica e também de prioridades. De acordo com o estabelecido pela Constituição, os precatórios devem ser pagos em  um período entre 10 meses e 2 anos e nove meses. Porém, na prática, esse prazo pode chegar a até 20 anos. Para se ter uma ideia, o Estado de São Paulo ainda está atualmente pagando precatórios de 2005, ou seja, com mais de 16 anos de espera.

Por exemplo:

 Imagine a seguinte situação: um precatório de R$ 40.000,00 há 15 anos dava a você o poder de comprar praticamente dois carros populares à vista. Hoje, em 2022, mal é possível comprar um carro popular, dependendo do modelo. Outro exemplo, mais recente, é que os mesmos 100 reais de hoje não compram a mesma quantidade de produtos, se comparado com o que era possível há um ano.

Para tentar compensar o credor de um precatório desse prejuízo, o Governo estabeleceu que todo título a ser pago deve receber uma correção monetária, com acréscimos monetários de juros e correção da inflação. Mesmo assim, essa correção nunca é suficiente para compensar as perdas. Um bom exemplo de como isso funciona é o valor do salário mínimo, que todo ano tem reajustes, mas ainda está longe de ser um valor mínimo ideal. Além de perder valor, é preciso levar em consideração que esse dinheiro parado não gera nenhum retorno para o bolso do credor, principalmente em tempos de crise como o que atravessamos.

Como antecipar o recebimento de seus precatórios?

Levando tudo isso em conta, o credor de um precatório tem duas alternativas: esperar décadas pelo pagamento e perder poder de compra, ou antecipar o seu precatório com a D.Andrade para receber imediatamente.

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TJSP divulga novos precatórios emitidos com ordem de pagamento de 2023

O Tribunal de Justiça de São Paulo recebeu, entre 2 de junho de 2021 e 2 de abril de 2022, 61.270 requisições de precatórios, que somam mais de R$ 8,7 bilhões em dívidas judiciais a serem pagas aos credores. Esses valores correspondem às dívidas de 949 entidades devedoras que devem ser inseridas no orçamento de 2023.

Além desses débitos, já estão na fila de pagamento cerca de 166 mil precatórios de exercícios anteriores, que somam R$ 63 bilhões. E, com as novas requisições, a fila continua a aumentar, acumulando novos credores a cada ano. Desse modo, a perspectiva dos pagamentos se torna cada vez mais distante, com uma fila que já chega a mais de 16 anos de espera em São Paulo.

Neste artigo, vamos explicar como está a situação dos precatórios no Estado de São Paulo e dar dicas para antecipar o pagamento desses valores.

Como funciona o pagamento dos precatórios em São Paulo?

A gestão dessas dívidas, organização das filas e a liberação dos valores após os depósitos das entidades devedoras são atividades desenvolvidas pela Diretoria de Execuções de Precatórios e Cálculos (Depre), setor ligado ao Tribunal. A entidade recebe os ofícios encaminhados pelas varas de origem dos processos, expedidos quando há uma decisão judicial condenando o ente público a pagar indenização. Depois da análise das peças encaminhadas, se os documentos estiverem de acordo com a legislação, é gerado um número de ordem do precatório, que deve ser inserido no orçamento do ano seguinte.

Geralmente, o período para recebimento de requisições de precatórios ocorre no período de um ano, com prazo final até 1º de julho. Porém, o prazo de inclusão orçamentária foi antecipado para 2 de abril, conforme estabelecido no § 5º do artigo 100 da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional 114/21. Portanto, os precatórios emitidos após essa data devem compor o orçamento de 2024.

O pagamento dos precatórios geralmente envolve um longo período de ações judiciais e muita burocracia, até que o Poder Público declare uma ação vencedora. Para que o pagamento seja feito, os pagamentos entram em uma lista de espera que funciona por meio de ordem cronológica e também de prioridades.

De acordo com o estabelecido pela Constituição, os precatórios devem ser pagos em  um período entre 10 meses e 2 anos e nove meses. Porém, na prática, esse prazo pode chegar a até 20 anos. Para se ter uma ideia, o Estado de São Paulo ainda está atualmente pagando precatórios de 2005, ou seja, com mais de 16 anos de espera.

Com a inflação em alta, quanto maior for o tempo de espera, menos o seu dinheiro valerá quando for liberado. Ainda que a correção monetária incida sobre o montante, ela não é suficiente para compensar a demora do pagamento, que pode chegar a décadas.

Como antecipar o recebimento de seus precatórios?

Levando tudo isso em conta, o credor de um precatório tem duas alternativas: esperar décadas pelo pagamento e perder poder de compra, ou antecipar o seu precatório com a D.Andrade para receber imediatamente.

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Esse tipo de transação é realizado via cessão de crédito de dívida pública, com o respaldo do Artigo 100 da Constituição Federal. Porém, para garantir os melhores resultados, é preciso conhecer bem o mercado e quais fatores influenciam no tamanho do deságio aplicado sobre o valor de pagamento.

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Imposto de Renda 2022: como declarar precatórios?

Quem recebe precatórios precisa pagar imposto de renda? Essa dúvida é bem comum entre os titulares de precatórios, principalmente para aqueles que decidiram vender essa requisição de pagamento.

Mas afinal, ao vender precatório, é preciso pagar o IR? Essa questão é bastante controversa, pois a declaração de impostos de renda sobre precatórios recebe interpretações diferentes por parte da Receita Federal e do Superior Tribunal de Justiça.

Portanto, as pessoas que receberam ou venderam precatórios precisam ficar atentas aos seus direitos, para que não pagar tributos indevidamente.

Neste artigo, vamos explicar detalhadamente quem está sujeito à declaração de Imposto de Renda, seja no recebimento ou venda de precatórios.

O que é Imposto de Renda?

Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) é um imposto federal brasileiro que incide sobre todas as pessoas que tenham obtido um ganho acima de um determinado valor mínimo. Anualmente, esse contribuinte deve prestar informações pela Declaração de Ajuste Anual (DIRPF) para apurar possíveis débitos ou créditos (restituição de imposto).

Quem está sujeito a Declaração do Imposto de Renda?

Pessoas que receberam rendimentos tributáveis acima de R$28.559,70 durante o ano de 2021, como salários, honorários, férias, comissões, pró labore, receita com aluguel de imóveis, pensões, entre outros. Quem possui bens e direitos acima de R$ 300.000,00 deve entregar a Declaração do IRPF.

Além disso, os contribuintes devem tomar cuidados especiais para incluir rendimentos extras, como:

• auxílio emergencial (ainda que MEI);

• Prêmio de Loterias;

• Investimentos (bolsa de valores).

Portanto, caso você credor tenha recebido precatórios ou Requisição de pequeno Valor (Federal até 60 salários), é preciso declarar esse valor no Imposto de Renda deste ano. Para quem tem precatório, os rendimentos estão sujeitos à retenção de Imposto de Renda na fonte.

Para o titular que vendeu ou deseja vender o precatório, essa situação é mais controversa, pois há divergência no entendimento da Receita Federal e do Superior Tribunal de Justiça sobre se o valor obtido na transação é passível de imposto e precisa constar na declaração.

Receita Federal x STJ

Quando o credor recebe o seu título via cessão ou transferência do credito, é comum que ele não saiba qual é o procedimento correto para fazer a sua declaração. Ele geralmente se pergunta: afinal, ao vender precatório, é preciso pagar o IR?

A Receita Federal parte do ponto de que o titular precisa pagar o Imposto de Renda, já que tem o “custo de aquisição igual a zero”. Assim, o valor recebido é o valor de alienação. Isso configura ganho de capital sujeito a tributos. Dessa maneira, caso o beneficiário receba R$ 300.000,00 pela venda de precatórios, ele precisa recolher 15% para os cofres públicos. Logo, é preciso devolver R$ 45.000,00 do total.

Por outro lado, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça afirma que o preço da cessão do direito de crédito e o pagamento do precatório apresentam pontos distintos no Imposto de Renda. A corte diz: “Assim, quanto ao valor recebido pela cessão do precatório, a tributação ocorrerá se e quando houver ganhos de capital por ocasião da alienação do direito. No entanto, é sabido que essas operações se dão sempre com deságio, não havendo o que ser tributado em relação ao valor recebido pela cessão do crédito”.

No caso da venda do precatório, os ganhos de capital serão apurados, pela pessoa física cedente, no mês em que forem auferidos e tributados em separado, mediante aplicação de uma das alíquotas progressivas estabelecidas pela Lei nº 13 259 de 16 de março de 2016.

Qual é o posicionamento da D.Andrade?

Um credor que tem um precatório de R$100 mil e o vendeu por R$50 mil, por exemplo, recebeu o valor com um desconto de 50%. Portanto, não há motivos para concluir a incidência de um “ganho de capital” na transação, já que o precatório é vendido em deságio, ou seja, por um valor menor do que o total da indenização.

A venda do precatório com deságio não pode ser considerada um aumento de renda para o STJ. A Segunda Turma explicou que “o STJ entende que a alienação de precatório com deságio não implica ganho de capital no preço recebido, sobretudo porque a incidência da tributação pelo Imposto de Renda na hipótese de pessoa física será via retenção na fonte por ocasião do pagamento do precatório”. O entendimento foi firmado no julgamento do REsp 1 859 259, relatado pelo ministro Herman Benjamin.

Para a pessoa isenta que recebeu o pagamento de precatório, e mesmo assim foi tributada, recomenda-se o auxílio de um advogado para formalizar uma petição para devolução da quantia retida indevidamente. A petição deve ser endereçada ao juízo do processo do precatório.

Nossos especialistas te auxiliam durante esse processo

O credor encontra dois entendimentos sobre a venda de precatórios. A dúvida que resta é qual desses lados ele deve seguir na hora de negociar o seu título

Você ainda tem dúvidas sobre como declarar precatórios no Imposto de Renda? Fale com nossos especialistas em precatórios e Imposto de Renda:

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Como a Guerra na Ucrânia vai influenciar a vida dos credores de precatórios

Embora a Guerra na Ucrânia fique do outro lado do mundo e o Brasil não esteja diretamente envolvido, as repercussões desse conflito serão sentidos em todo o mundo e já chegaram por aqui. Fatores como aumento da inflação, insegurança política, alta nos combustíveis e desvalorização da moeda já repercutem em nosso País. E, com a possibilidade de um agravamento da guerra, podem causar ainda mais impacto na economia de todo o mundo, inclusive a brasileira. Afinal, vivemos em um mundo de economia globalizada,

Mas como a guerra na Ucrânia pode influenciar a vida dos credores de precatórios? Neste artigo, vamos abordar as possíveis consequências do conflito sobre a economia brasileira e os seus reflexos no recebimento dos precatórios.

Impactos causados pela guerra na Ucrânia na economia brasileira

A Guerra na Ucrânia trouxe muitas consequências negativas ao Brasil. Uma das maiores delas é a tendência de alta da inflação, que terminou 2021 acima dos 10%, e começou este ano ainda pressionada e com números altos. O IPCA de janeiro ficou em 0,54%, o maior número registrado nesse período desde 2016, graças principalmente ao aumento nos preços dos alimentos. As previsões de inflação para 2022 inicialmente variavam entre 5,5% e pouco mais de 6%, mas essas previsões devem mudar para pior com a evolução do conflito.

A guerra também influenciou no preço de commodities agrícolas, como o trigo, produto muito importado pelo Brasil, principalmente da Argentina. Embora a importação direta da Rússia ou da Ucrânia não seja relevante, o Brasil sentirá o efeito da alta nos preços por conta da guerra e da alta do dólar. Afinal, os preços internacionais já subiram 20% desde o início do ano, e a tendência é que venham a subir ainda mais.

Outro produto que deve sofrer aumento de preço é o milho. Esse grão já está com cotações muito elevadas no mercado internacional, e a tendência é que o seu preço aumente ainda mais. Afinal, a Ucrânia é responsável por 16% das importações de milho – um produto que também é muito usado como ração pelos produtores de carne.

Mas o impacto mais relevante na agricultura brasileira deverá ocorrer nas importações de fertilizantes. A Rússia é o maior fornecedor desse produto para o Brasil, e responde por cerca de 20% dos adubos comprados pelo País. Portanto, o aumento dos custos dos fertilizantes se tornou um motivo de grande preocupação para os produtores brasileiros.

Juntamente com todos esses fatores, temos ainda a tendência de aumento no preço do petróleo. Em fevereiro, após o início da invasão russa, o barril do petróleo chegou a passar dos US$ 139. Essa situação é preocupante, pois o aumento do preço dos combustíveis tem impacto direto e indireto na inflação brasileira.

Efeitos da Guerra na Ucrânia com os precatórios

Nesse cenário, a expectativa é de mais endividamento público, restrições ao crédito, inadimplência e queda no nível de investimentos na atividade econômica.

Outro problema está relacionado ao calote do governo no pagamento dos precatórios. Em dezembro, o Congresso Nacional promulgou a Emenda Constitucional 114, com os trechos remanescentes da chamada “PEC do Calote “.  A PEC dos Precatórios altera índice de correção e reduz valor que credor tem a receber, além de limitar o valor anual de pagamento de precatórios da União.

No final de 2021, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo não tem como pagar os precatórios previstos para 2022. Até porque a conta dessas dívidas para 2022 veio muito acima da média: R$ 89,1 bilhões. O pagamento dessa dívida deixaria o governo sem espaço para o novo programa de assistência, o Auxílio Brasil, justamente em um ano de eleição. E com a Guerra na Ucrânia e os problemas econômicos trazidos por ela, a possibilidade de o governo pagar os precatórios se torna ainda menor.

Para adiar o pagamento da dívida, o governo criou a PEC dos Precatórios. A proposta do governo com a PEC é quitar R$ 43 bilhões dos R$ 89,1 bilhões devidos em 2022 e adiar o restante do pagamento. Esse calote reforça ainda mais a crise de confiança no Brasil, com efeitos sobre os juros, o câmbio e a inflação.

Como receber os seus precatórios ainda em 2022
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Antecipar o seu recebimento é simples:

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Câmara aprova polêmica PEC dos Precatórios no 2º turno

A Câmara dos Deputados aprovou, em segundo turno, no dia 9 de novembro, a PEC dos Precatórios, que permite o parcelamento no pagamento das dívidas da União e muda a regra de correção do teto de gastos. O placar foi de 323 votos a favor e 172 contrários, além de uma abstenção.


Para que a matéria fosse aprovada, eram necessários 308 votos em dois turnos de votação. O projeto agora será encaminhado ao Senado, onde também precisará do aval de três quintos do plenário – ou seja, de 49 senadores.


Com a aprovação da PEC, o governo busca conseguir subsídios para o novo Auxílio Brasil, programa que substituirá o Bolsa Família até o fim de 2022. Se a proposta for aprovada pelo Congresso Nacional, os precatórios parcelados serão contabilizados dentro do espaço do teto de gastos. Essa situação é muito ruim para os credores, que terão que esperar mais para receber o pagamento e ainda estarão sujeitos a sofrer mudanças nas correções do indexador dos precatórios – e com isso receber menos.


Mas você já sabe como funciona a PEC dos Precatórios e quais são as mudanças trazidas por ela? Veja neste artigo.

Saiba mais sobre como foi a votação da PEC dos Precatórios


Antes da segunda rodada de votação da PEC, os deputados analisaram os destaques, sugestões de mudanças ao texto-base aprovado e concluíram a votação ainda no primeiro turno. Dos 11 destaques apresentados, apenas um deles foi aprovado.


Proposto pela bancada do Novo, o destaque retirou do texto o trecho que acabaria com a obrigação do governo de pedir autorização ao Congresso para descumprir a regra de ouro, que impede o governo de contrair dívidas para pagar despesas correntes, como aposentadorias e salários.


Além de criar um limite para pagamento dos precatórios no ano que vem, a PEC propõe que a regra de correção do teto de gastos, que hoje considera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) apurado entre julho de um ano e junho do ano seguinte, passe a considerar o período entre janeiro e dezembro.


Com o adiamento do pagamento de parte dos precatórios devidos pela União em 2022, o governo consegue um espaço de 44,6 bilhões de reais. Por outro lado, se a PEC não for aprovada, a União terá que pagar 89,1 bilhões de reais em precatórios em 2022, um aumento significativo em relação à dívida de 54,7 bilhões de reais em 2021.


O governo diz não ter dinheiro para arcar com os pagamentos de precatórios federais e propôs, no inicio, o parcelamento em 10x dos recebimentos por meio dessa PEC, que foi apelidada de a “PEC do Calote” por especialistas. Essa medida abre caminho para que Estados e Municípios façam o mesmo.


A PEC dos precatórios também propõe a mudança do indexador dos precatórios devidos pela União. Pela regra atual, as dívidas são corrigidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) mais os juros da poupança – que levariam a um valor acima de 10%. Pela proposta do governo, os novos precatórios passariam a ser corrigidos pela taxa básica de juros, atualmente em 5,25% ao ano, de modo que os credores receberiam menos.

Entenda o que são os precatórios

Precatórios são dívidas que o governo tem com pessoas físicas, empresas, estados e municípios, que já foram reconhecidas definitivamente pela Justiça e não são passíveis de recurso. Essas dívidas devem ser pagas pelo governo a pessoas físicas, jurídicas, Estados e municípios. Portanto, quando alguém entra com uma ação contra um ente público e vence o processo sem possibilidade de recurso, ela garante o recebimento um certo valor.

Como antecipar o recebimento de seus precatórios?

Se você tem alguma necessidade de receber os seus precatórios antecipadamente, pois precisa desses recursos para qualquer finalidade, uma opção é vender o seu crédito.


Aqui na D.Andrade, o diferencial é que você recebe o valor combinado à vista, nossa negociação é realizada em cartório de notas, o pagamento é concluído via transferência bancária. A assinatura do contrato é realizada somente após a confirmação do valor em conta.


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Por que demora tanto para receber meu precatório?

Se você tem refletido sobre isso, é porque já tem um precatório expedido, mas ainda não recebeu. Se você resolveu ler porque seu direito creditório está para virar precatório, é porque talvez tenha ouvido notícias da demora. Isso acontece mesmo depois de ter demorado tanto para ganhar a ação judicial que reconhece o seu direito de receber.

Aí você se faz uma outra pergunta: mas não está na  constituição federal  as condições em  quanto tempo  o precatório deve ser pago? Não deveria receber entre 6 meses e 2,5 anos?

Apesar da obrigação de pagar, os governos são inadimplentes. Normalmente as dívidas com precatórios não são incluídas nos orçamentos. Os governantes, em geral, querem usar os recursos para outras finalidades e perpetuarem o seu poder politico. Assim, os governos têm filas para pagamentos de precatórios, e muitas vezes órgãos como o STF, interferem para que o pagamento aconteça. E mesmo, com a pressão e inclusão no orçamento para pagar precatórios, muitas vezes com mais de 15 anos de atraso, esses prazos são constantemente prorrogados. Isto também aconteceu com a pandemia.

Para atenuar isso, aconteceu uma  emenda constitucional  que permitiu o pagamento dos governos a partir de um percentual de sua receita, mas este prazo pode chegar a 20 anos. Para se ter uma ideia do volume da dívida, Segundo o último levantamento feito pelo CNJ (CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA), os três entes públicos acumulam uma dívida de R$ 183,6 bilhões em precatórios emitidos pela Justiça estadual, federal e trabalhista. O Estado de São Paulo é detentor da maior dívida entre todos os estados. Equivale a mais de 50% da dívida de todo o País.

O prazo para pagamento também vai depender do tipo de precatório. Existem dois tipos de precatórios: de natureza alimentar ou comum. Estas definições estão na  constituição federal. Os precatórios alimentares têm como origem os débitos que estão relacionados com salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez. Esses precatórios têm pagamento preferencial. Isso acontece porque é um direito a ser recebido que influencia o sustento pessoal ou de uma família. Os precatórios de natureza comum, que são os que não estão na lista anterior, se relacionam a dados materiais e morais, desapropriações, e ações relacionadas com tributos, por exemplo.

Existe uma categoria de precatórios que é considerada como super-preferenciais, mas com limite de valor (triplo das requisições de pequeno valor – RPV). Ela serve para idosos, portadores de doenças graves e portadores de deficiências. Apesar de haver uma ordem cronológica de pagamento estas preferências são consideradas.

Mas o que posso fazer para receber? Se você tem alguma necessidade e precisa dos recursos para qualquer finalidade, você pode vender o seu precatório. Embora o valor dos precatórios seja corrigido monetariamente ao longo do tempo de espera, a retenção do pagamento é imensamente prejudicial aos credores, que adiam a realização de sonhos e projetos durante anos, numa interminável fila de espera. Justamente para driblar essa desagradável espera e conseguir receber o dinheiro mais cedo,  muitos credores têm recorrido à venda de seus precatórios.

A venda de um precatório pode ser feita de forma rápida, clara e objetiva. Disponibilizamos o conteúdo necessário para esclarecer as dúvidas a respeito dessa possibilidade e as suas vantagens.

O processo de compra e venda é simples, mas requer alguns cuidados e atenção referente as fases de cessão. Para uma boa decisão é preciso considerar e estar assessorado por uma empresa com experiência no mercado de precatórios.

A D. Andrade é especialista no assunto. Ao nos escolher para essa operação você está sendo contemplado com idoneidade, segurança e experiência.

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Meu processo virou precatório! Posso vender?

Depois de uma desgastante e longa batalha judicial e de anos de espera, o seu processo virou precatório. Mas, afinal, o que isso significa? Será que é possível realizar a sua venda e antecipar o recebimento do valor?

Essa é uma dúvida comum entre os credores que pretendem passar os seus precatórios adiante e sair da fila de espera. Se esse é o seu caso, continue lendo o artigo para entender melhor sobre esses direitos e o que pode fazer com eles.
 
O que são precatórios?
 
O precatório é o reconhecimento da possibilidade de uma pessoa ou empresa receber uma dívida de um órgão da administração pública e convertida em títulos que podem ser vendidos para terceiros. É uma situação comum nas vendas a prazo e tem uma relação direta com a movimentação do fluxo de caixa das empresas. 
 
É uma requisição de pagamento na qual a Fazenda Pública foi condenada em processo judicial a pagar. O problema é que existe ainda uma demora significativa para pagar. Por exemplo, o estado de São Paulo, que deveria pagar seus precatórios ainda com 15 anos de atraso até 2024, já teve um adiamento até 2029.
 
Ou seja, há sempre uma longa espera que nem todos os credores estão dispostos a enfrentar. Por esse motivo, a venda de precatórios é considerada uma possibilidade, mas o mesmo pode acontecer com os direitos?
 
É possível vender um precatório?
 
Sim. Não apenas é possível vender um precatório como essa é a melhor opção para se ter acesso à indenização mais rapidamente. A demora é real e o tempo de esperar pode chegar a 20 anos.
 
Vender seu precatório pode ser uma oportunidade para antecipar o valor e resolver os seus problemas. A decisão de vender, no entanto, nunca deve ser feita por impulso. É fundamental que a empresa compradora tenha experiência no ramo e seja idônea.
 
Um precatório é adquirido em deságio. Isso quer dizer que a compradora vai fazer uma oferta de valor menor que o total da indenização. Mesmo com o desconto, a vantagem de ter acesso mais rapidamente ao dinheiro torna-se mais atrativa.
 
Na D. Andrade, o processo é analisado cuidadosamente para lhe oferecer a melhor proposta do mercado. Você recebe o dinheiro de imediato, no ato da assinatura em cartório, e pode usá-lo para o que desejar.
 
A compra de precatórios é vantajosa para as empresas que podem utilizá-los na compensação tributária de companhias devedoras ao Estado e também podem ser adquiridos por investidores interessados em rendimentos a longo prazo.
 
Como funciona a venda de um precatório?
 
A venda é simples. No primeiro estágio, você entra em contato com a empresa para entender melhor como funciona a venda, quais são os prazos e as suas garantias. A seguir, recebe a orientação de enviar documentos pessoais e aqueles relacionados com o processo para serem analisados pelos especialistas.
 
Os advogados da D. Andrade fazem uma análise minuciosa para entender se o processo está regularizado, se pode ser vendido e todas as etapas pelas quais ele já passou. Disponibilizamos um especialista para acompanhar todo o seu caso, do início ao fim, e ele estará sempre a postos para responder a qualquer dúvida que surgir.
 
Depois de todos os dados recolhidos, a nossa equipe elaborará uma proposta de compra. Esse valor será definido com base na situação do seu precatório, tempo de espera e possíveis critérios de prioridade. A nossa expertise faz com que sejamos capazes de fazer ofertas verdadeiramente interessantes para os credores.
 
Caso você aceite a proposta, o acordo será oficializado em cartório. No ato da assinatura, o crédito ficará disponível integralmente para você investir da melhor forma possível. Esse registro transmite mais segurança e garante que você consulte todas as informações relacionadas com a transação sempre que necessário.
 
Como você pode notar, todo esse processo de compra e venda é bastante simples. No entanto, a cessão deve ser conduzida com todo o cuidado e transparência. Escolha sempre uma empresa que ofereça garantias e mostre disponibilidade em prestar esclarecimento sobre todas as fases da venda.
 
Com a D. Andrade, você realiza a sua venda com segurança. Fale com os nossos especialistas e venda o seu direito creditório sem medo!

Quero saber mais sobre precatórios!

Quem está pesquisando sobre precatórios, provavelmente, tem, neste momento, uma ação em andamento ou, até mesmo, um direito creditório. Esse tipo de requisição levanta muitas dúvidas, principalmente para quem não tem intimidade com a linguagem judicial.

No entanto, é fundamental estar por dentro do assunto para acompanhar o processo e saber quais são os seus direitos. Neste post, listamos e respondemos algumas das principais dúvidas sobre precatórios. Leia até o fim para entender tudo!
 
O que é um precatório?
 
Para o efeito, vamos usar a definição do Tribunal de Justiça de São Paulo, que diz o seguinte:
 
“Precatórios são requisições de pagamento expedidas pelo Judiciário para cobrar de municípios, estados ou da União, assim como de autarquias, fundações e universidades, o pagamento de valores devidos após condenação judicial definitiva. O precatório é expedido pelo presidente do Tribunal onde o processo tramitou, após solicitação do juiz responsável pela condenação.”
 
Em outras palavras, o precatório é uma dívida judicial de um governo (Federal, Estadual ou Municipal) que foi reconhecida e tem um pedido de pagamento da quantia correspondente. Essa dívida é decorrente de uma ação movida por uma pessoa física ou jurídica.
 
A lei prevê que os precatórios sejam pagos em, no máximo, 30 meses, mas não é isso que acontece na prática. Os precatórios federais são aqueles pagos com mais agilidade, normalmente. No entanto, ainda assim, a espera é longa. São vários anos até que o dinheiro seja creditado.
 
Os precatórios entram em uma lista de espera que funciona por meio de ordem cronológica e também de prioridades. Existem precatórios de natureza alimentícia, decorrentes de ações envolvendo salários e pensões, por exemplo, e de natureza comum. Os primeiros são considerados prioritários para o pagamento.
 
O que é um direito creditório?
 
O direito creditório é o direito de receber qualquer transação comercial à prazo, como o seu aluguel e financiamentos diversos, mas também quando existem direitos de crédito de disputas judiciais. O direito creditório em relação a uma ação ganha de um governo pode se tornar um precatório. 
 
Quando a ação demora, é exatamente isso o que acontece, o que significa que o pagamento vai entrar na fila. Mais uma vez, são levados em consideração os critérios de ordem cronológica e prioritária.
O que é uma RPV?
 
 
“As requisições de pequeno valor (RPV) são requisições feitas ao ente público (União, Estado, Município, suas autarquias ou fundações) para pagar quantia certa, em virtude de uma decisão judicial definitiva e condenatória, que possibilita à pessoa vitoriosa receber o crédito da condenação independentemente da expedição de precatório.”
 
Essas RPV são pagas mais rapidamente, não viram precatórios e acontecem em até 60 dias da data de intimação. No entanto, elas têm um limite de valor: para as dívidas federais, o limite é de 60 salários mínimos; para as dívidas dos estados, são 40 salários mínimos; e para os municípios, são 30 salários mínimos.
 
Um aspecto importante a se considerar é que um precatório pode ser transformado numa RPV. Mas será que isso é vantajoso? Normalmente, não é. Transformar um precatório em RPV significa abrir mão de parte do valor para receber dentro dos limites que mencionamos anteriormente, o que pode ser uma perda considerável.
 
O valor recebido pelo precatório, pela RPV ou pelo direito creditório estão sujeitos ao pagamento de imposto?
 
Sim, esses são classificados pela Receita Federal como Rendimentos Recebidos Acumulantes — RRA. O imposto pago depende do tipo da declaração, se é com ajuste anual ou exclusivo na fonte.
Vale lembrar também que a venda de precatório está sujeita à tributação, mas não entra na Declaração Anual de Imposto de Renda.
 
Como saber quando um precatório vai ser pago?
 
A situação de pagamento é disponibilizada por órgãos específicos. No caso, para o estado de São Paulo, pela DEPRE, que é a Diretoria de Execuções de Precatórios e Cálculos. A consulta pode ser feita pela internet com dados básicos, como o número do precatório ou, ainda, o nome e o CPF do credor.
É importante conhecer a situação de pagamento para não perder o acesso à indenização. Apesar da demora e da longa fila, é possível não ter como receber um precatório estadual, por exemplo, depois de algum tempo. 
 
Se o seu precatório ou RPV foi dado para pagamento e você levar mais de dois anos para sacar o valor, a autorização para o saque pode ser cancelada.
 
Como faço para saber o valor do meu precatório?
 
Seja um precatório municipal, seja estadual ou precatório federal, o valor do mesmo é definido pelo juiz no momento em que a ação transita em julgado. Essa informação está disponível para consulta na internet, no mesmo local em que se verifica a situação de pagamento.
 
Esse valor, no entanto, não é o mesmo que será pago quando chegar a hora do pagamento. Os precatórios passam por atualizações e correções monetárias ao longo dos anos.
 
Ainda tem dúvidas sobre precatórios? Fale com os nossos especialistas!